sábado, 13 de outubro de 2007

Filhos

Meus avós maternos tiveram sete filhos. Meus avós paternos tiveram treze filhos.
O que para duas famílias do início do século passado era considerado absolutamente normal, menos de cem anos depois, para a grande maioria das famílias de nossa comunidade seria considerado um absurdo. O que nos levou a esta mudança de comportamento foi, sem dúvida, o aceite de que o controle de natalidade é a melhor maneira de oferecermos a poucos filhos melhores condições sociais, educacionais e financeiras.
Errado. Num 1º momento somos levados a crer que é certo, porém, ao analisarmos com olhares mais políticos veremos que todos nós fomos vítimas de um crescimento populacional desordenado e não acompanhado por igual crescimento das estruturas de governos. Não temos hospitais, escolas, segurança, moradia e muito menos trabalho para filhos de famílias numerosas como as de meus avós.
Para atenuarem as suas incompetências, governos oferecem: pílulas anticoncepcionais, DIUS, preservativos, laqueaduras, vasectomias ou até mesmo abortos, eles patrocinam sob o absurdo título de “Programas Sociais”.
A regulação da natalidade é uma obrigação e um direito dos pais, pois só devemos ter os filhos que pudermos gerar, prover e educar. Somos contra a teoria do mal menor, ou seja: - É preferível que aquela favelada que já tem seis filhos faça um aborto, do que colocar mais um no mundo para passar trabalho ou se tornar um delinqüente no futuro.
Hipocrisia. Temos sim é que nos insurgirmos contra o estado de miséria absoluta que ronda as favelas e vilas de nossas cidades. Um sinal visível desta nossa errada posição quanto ao número de filhos, é que, se vemos na TV um filme americano ou europeu onde apareça uma família numerosa, achamos bonito, pois, sabemos que lá todos os filhos são assistidos de igual forma e dignamente.
Enquanto isso, aqui, na nossa realidade de 3º mundo, ou, eterno país em desenvolvimento, muitos de nós se associam aos ditos controles de natalidade. Controles estes que têm por objetivo tão somente atender aos interesses de políticos carreiristas que se esquecem daqueles que os elegeram, e esperavam bem mais de seus atos. Abramos nossos olhos, todos somos vítimas de um mesmo vilão, o sistema!
Recebamos os filhos que Deus nos der, e jamais nos esqueçamos que: “Acreditar na família é construir o futuro”.

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